O centro da cidade parou para acompanhar o cortejo que conduzia o Jovem Moto-taxista de apenas 28 anos que foi assassinado na noite de terça-feira (19), nas proximidades do canto da Sariema, um novo bairro que está se formando em Capim Grosso.
O cortejo saiu de onde Cássio morava no Bairro: Angelita Queiroz, passou por uma das vias do anel de contorno que dá acesso ao município de São José do Jacuípe, avenida Tancredo Neves, Centro da cidade, avenida ACM, Cemitério.
Além de uma grande quantidade de pessoas, as avenidas foram tomadas também por motos. Os colegas de trabalho, todos uniformizados abriram o cortejo fúnebre, seguidos por outros colegas de profissão, representando as demais empresas da cidade e amigos que fortaleceram a grande manifestação de uma categoria que gera emprego e renda para no mínimo 150 famílias no município.
Hoje estar em cima de uma moto de um lado para outro da cidade, não é mais uma tarefa qualquer e sim uma profissão mediante projeto substitutivo ao PLS 203/2001, apresentado há oito anos pelo então senador Mauro Miranda (PMDB-GO), que regulamenta as atividades de moto-taxista, moto-boy e do profissional em serviço de comunidade de rua (moto-vigia). O funcionamento desses serviços, entretanto, dependerá de autorização do poder público em cada município. Lamentavelmente o município de Capim Grosso ainda não sinalizou com um projeto de reconhecimento e autorização de acordo com o que pede o congresso nacional a essa categoria.
Na chegada ao cemitério mais manifestações. Os colegas de profissão começaram a buzinar, pessoas aplaudiam, choravam, se abraçavam e perguntavam umas as outras o porquê de tal barbaridade. Os colegas de trabalho da empresa “OS VERMELHINHOS”, onde Cássio trabalhou mais de 5 anos se dirigiam ao caixão e encontraram na dor de perder um amigo, forças para conduzir aquele que se tornou um irmão. O caixão carregado pelos colegas do jovem moto-taxista foi conduzido até a capela do cemitério e de lá para o túmulo.
A população espera agora uma resposta das autoridades policiais quanto a desvendar mais um crime bárbaro em Capim Grosso. Caso contrário, a vida vai perder o valor nessa cidade.
Texto e foto: Arnaldo Silva.
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