A 13ª edição do Festival da Cachaça, realizado a cada dois anos em Abaíra, na Chapada Diamantina, reúne até este domingo (18) cerca de 30 mil pessoas
Turistas, produtores e empresários interessados na cadeia produtiva da cana de açúcar comparecem ao evento em uma microrregião formada também pelos municípios de Jussiape, Mucugê e Piatã, mais de sete mil agricultores familiares sobrevivem da atividade.
O evento, iniciado na terça-feira (13) recebeu, na sexta (16), a visita do governador em exercício Otto Alencar, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence.
A Fazenda Água Suja, há oito gerações de propriedade da família de Ramiro da Luz Pereira, 59 anos, foi fundada em 1660 e produz cana de açúcar em cinco hectares. O agricultor acompanhou a evolução do processo produtivo. Ele conta que, no passado, com 200 litros de caldo de cana, fabricava 15 litros de aguardente. Agora – depois de fazer capacitação -, com a mesma matéria prima a produção chega a 50 litros.
“Antigamente era mais difícil por falta de técnica. Nós conseguimos vencer essa dificuldade. A gente tem uma produção muito melhor. O conhecimento vem da assistência que recebemos da EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola) e da experiência dos próprios produtores”, afirma Ramiro. Ele também planta feijão, milho e hortifruti como culturas complementares, por orientação dos técnicos.
O produtor atribui à agricultura familiar todas as conquistas. “Tudo resultado da cana. Nós, trabalhando juntos, conseguimos vencer. Minha filha é engenheira agrônoma, meu filho se formou em educação física”.
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