tem 19 anos e é natural de Pé de Serra, interior da Bahia. A cidade tem um pouco mais de 14 mil habitantes e é uma das vítimas da seca que assola o sertão brasileiro. Foi nesse contexto difícil que ele cresceu e tomou gosto pelo futebol. Tentou a sorte no Bahia e posteriormente no rival Vitória, mas não convenceu e foi dispensado dos dois clubes.
O problema de Natan não era o talento ou técnica, pelo contrário. O garoto é dono de um passe preciso e possui extrema habilidade. Ágil, carrega a bola com tranquilidade, mas quase sempre leva a pior nas divididas. Franzino, mede 1,71m de altura e pesa 67 quilos, fato que certamente o colocava em desvantagem quando comparado com outros meninos em testes ou peneiras.
Ainda hoje, essa questão preocupa o jogador e seus comandantes. Segundo o treinador dos profissionais do Santa Cruz, Dado Cavalcanti, Natan precisa de cuidados especiais: “Ele é extremamente habilidoso, mas possui uma carência comum aos jovens atletas da região: precisa aprimorar o porte físico. Temos que ter tranquilidade com esse garoto. Trata-se de um atleta muito qualificado, que está em fase de amadurecimento. Vamos soltá-lo pouco a pouco”, pontuou.
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