Pela primeira vez em 114 anos de história, o Flamengo elegeu uma mulher, a ex-nadadora olímpica Patricia Amorim, para o cargo de presidente do clube, um dia após ganhar o Campeonato Brasileiro depois de 17 anos de jejum.
A ex-atleta, de 40 anos, venceu o presidente interino dos últimos oito meses, Delair Dumbrosck, por 792 votos a 699 em pleito realizado na noite da segunda-feira, 7, na sede do clube. "Ser a primeira mulher presidente do maior clube do mundo é o maior sonho que qualquer pessoa pode ter", afirmou Patrícia, em seu primeiro discurso após a divulgação do resultado da votação.
Vereadora do Rio, Patrícia assume o cargo por três anos a partir de janeiro e já antecipou que pretende manter o técnico Andrade no cargo, dando prioridade à contratação de reforços para lutar pelo título da Copa Libertadores.
O programa da presidente eleita prevê recuperar a sede do clube, praticamente abandonada, e dar força aos "esportes olímpicos" (ou seja, todas as modalidades, com exceção do futebol), adotando um modelo de gestão moderno.
O maior desafio é a dívida de aproximadamente R$ 350 milhões, segundo cálculos recentes do ex-presidente Márcio Braga, que se afastou da direção há oito meses por problemas de saúde.
Como atleta, Patrícia bateu 29 recordes sul-americanos, conquistou 28 títulos de campeã brasileira nos 200, 400, 800 e 1.500 metros livres entre 1983 e 1989 e participou dos Jogos Olímpicos de Seul em 1988.
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