quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Menino-prodígio Criança britânica de dois anos e nove meses domina mais de mil palavras, é fascinada pela história do Império Romano e adora document
Américo Martins, de Londres
"Depois que a gente colocar o Oscar para dormir, pode ligar que conversamos." Foi assim que os pais de Oscar Wrigley, um menino britânico de dois anos e nove meses de idade, deram o O.K. para a entrevista que Galileu tentava havia duas semanas. Só depois da conversa deu para entender por que o casal é tão preocupado com o sono do garoto. Ele dorme apenas quatro horas por noite. Esse é um dos efeitos colaterais daquilo que dá dor de cabeça aos pais e fama ao garoto: Oscar é um gênio.
E não é fácil colocar um geniozinho para dormir. Como Oscar é muito ativo, a família tenta desacelerá-lo no início da noite, quando ele vai para a cama - por volta das 20h, britanicamente. "Nós damos banho e paramos de brincar, para que ele se acalme bem", diz o pai, Joe Wrigley. "Com Oscar já deitado, lemos historinhas infantis comuns. Entre as que ele mais gosta de ouvir estão as de Peppa Pig." E não dá para ser muito democrático nessa hora, pois, se a leitura noturna fosse uma escolha de Oscar, provavelmente os pais teriam de ler uma obra para adultos, que despertam o interesse do menino.
Acordado, ele tem alguns hábitos similares aos da maioria das crianças britânicas da sua idade. Passa, por exemplo, horas diante da TV devorando episódios das animações de Bob the Builder - um pedreiro que constrói e arruma qualquer coisa - e Thomas the Tank Engine - uma locomotiva azul muito esperta que trabalha duro e lidera um grupo de trens, ônibus e outros meios de transporte na imaginária ilha de Sodor. Mas isso não é tudo de que ele gosta na telinha. "Oscar tem acompanhado com muita atenção uma série do Discovery Channel chamada How It Is Made (Como É Feito), mostrando como várias coisas são produzidas", diz Joe. E essa é apenas uma das características que diferenciam Oscar de gente com menos de três anos. Ele já domina um vocabulário de mais de mil palavras e se interessa por assuntos tão diversos como a reprodução de pinguins na Antártida ou a história do Império Romano.
Oscar entrou para a história, em agosto deste ano, como o garoto mais novo a ser aceito como membro da Mensa - uma associação exclusiva para pessoas com QIs (quociente de inteligência) altíssimos. O convite para se juntar à entidade foi feito depois de ele ter sido submetido a um teste de QI pelo doutor Peter Congdon, especialista na área e criador do Gifted Children's Information Centre, em Solihull, na Grã-Bretanha. Congdon conduziu o teste em agosto deste ano e concluiu que o menino está entre as crianças mais inteligentes que já viu - embora afirme que tenha encontrado vários casos similares nos últimos anos. "Oscar, sem dúvida, tem uma inteligência superior e é muito esperto", diz o doutor. O especialista aplicou o teste de QI conhecido como Stanford-Binet, que tem uma escala que vai até 160. Mas em seu teste o menino britânico passou dessa escala, o que quer dizer que ele tem oficialmente um QI "de mais de 160" na escala Stanford-Binet. O feito acabou levando boa parte da imprensa mundial a comparar a inteligência do pequeno Oscar à do físico Albert Einstein (1879-1955), que estaria, em tese, na mesma faixa de QI. Parte disso, segundo Congdon, é especulação, já que Einstein nunca fez um teste de QI. Mas, de toda forma, o resultado do teste não deixa dúvidas sobre o potencial de
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