Condições do alojamento materializam degradância encontrada pela fiscalização Um grupo de 17 adultos e quatro jovens menores de 18 anos foi libertado de condições análogas à escravidão em uma fazenda de café, na cidade de Barra do Choça, no sudoeste da Bahia. Arregimentados da periferia de Vitória da Conquista, os empregados eram submetidos a condições degradantes no trabalho e no alojamento. De acordo com o coordenador do grupo de fiscalização rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado (SRTE), Joatan Gonçalves Reis, os trabalhadores também estavam "presos" por dívidas contraídas para a compra de alimentos básicos. Eles recebiam diariamente fichas de produção que eram utilizadas como moeda para compra da alimentação e outros produtos no armazém instalado na propriedade. As dívidas se multiplicavam por conta do pouco que efetivamente recebiam pelo trabalho. Nos cálculos apresentados pelo técnico, os libertados recebiam R$ 2,50 por cada lata de 20 kg de café colhido, o que garantia semanalmente um salário aproximado de R$ 70. Após a libertação dos explorados, o proprietário do cafezal, Paulo Roberto Bastos Viana, se recusou a pagar as verbas rescisórias a que eles tinham direito. Ele alegou que só poderá arcar com os valores, que chega a R$ 25 mil, no final da colheita. Diante da recusa, o auditor encaminhou uma cópia do relatório da inspeção ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que deve entrar com uma ação contra o fazendeiro.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
ESCRAVIDÃO: TRABALHADORES SÃO LIBERTADOS
Condições do alojamento materializam degradância encontrada pela fiscalização Um grupo de 17 adultos e quatro jovens menores de 18 anos foi libertado de condições análogas à escravidão em uma fazenda de café, na cidade de Barra do Choça, no sudoeste da Bahia. Arregimentados da periferia de Vitória da Conquista, os empregados eram submetidos a condições degradantes no trabalho e no alojamento. De acordo com o coordenador do grupo de fiscalização rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado (SRTE), Joatan Gonçalves Reis, os trabalhadores também estavam "presos" por dívidas contraídas para a compra de alimentos básicos. Eles recebiam diariamente fichas de produção que eram utilizadas como moeda para compra da alimentação e outros produtos no armazém instalado na propriedade. As dívidas se multiplicavam por conta do pouco que efetivamente recebiam pelo trabalho. Nos cálculos apresentados pelo técnico, os libertados recebiam R$ 2,50 por cada lata de 20 kg de café colhido, o que garantia semanalmente um salário aproximado de R$ 70. Após a libertação dos explorados, o proprietário do cafezal, Paulo Roberto Bastos Viana, se recusou a pagar as verbas rescisórias a que eles tinham direito. Ele alegou que só poderá arcar com os valores, que chega a R$ 25 mil, no final da colheita. Diante da recusa, o auditor encaminhou uma cópia do relatório da inspeção ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que deve entrar com uma ação contra o fazendeiro.
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É INACREDITAVEL COMO EM PLENO XXI AINDA SE VEJA ESCRAVIDÃO...PESSOAS QUE SE ACHAM NO DIREITO DE EXPLORAREM OS OUTROS...
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