terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ex-mulher de Bruno diz, em carta, ter cuidado de filho de Eliza



Antes de começar a falar, ela ouviu a leitura do depoimento que prestou à Polícia Civil logo depois que foi presa pela segunda vez. A mulher voltou atrás e negou saber com certeza se Eliza está morta.
Após as ressalvas, o promotor Gustavo Fantini, apresentou à juíza Marixa Lopes uma carta escrita por Dayanne e entregue ao Ministério Público. A carta não estava nos autos e por isso os advogados não conheciam o conteúdo.
No documento, a ex mulher do goleiro Bruno confirmou que cuidou de Bruno Samudio e disse que, se não tivesse cuidado do bebê de Eliza, a essa hora ele já estaria morto. “Ao encontrar Sérgio ele me disse que, na noite do dia 10 de junho de 2010, se eu não tivesse aceitado olhar o bebê, a essa hora a criança poderia estar morta porque a intenção de Macarrão era eliminar mãe e filho. Muitos dizem que eu estava no lugar errado e na hora errada, mas talvez eu estava sim, no local errado, mas na hora certa. Saber que Bruno Samudio está bem, para mim já é um alento. Criança é ser divino, digo isso porque sou mãe e estou sentindo na pele a falta das minhas filhas. Mas não. Deus não vai permitir que pese em meus ombros algo que não fiz. Ter cuidado do bebê de Bruno foi o erro mais acertado e é a Deus que agradeço hoje por Bruno Samudio ter fôlego de vida”, leu a juíza.
Os advogados perguntaram desde quando a juíza e o promotor estavam com a carta, mas a resposta será apenas dada no final da audiência. Em depoimento, Dayanne disse que, antes de ser preso, Bruno Fernandes esteve em Belo Horizonte e se reuniu com a família.
Segundo a acusada, o atleta chorou muito e disse que a carreira dele estava acabada, porque ele ira ser preso. Bruno ainda teria dito para ninguém falar nada com a imprensa, principalmente sua avó, conhecida como Dona Estela.
Dayanne diz que viu a modelo pela última vez no sítio do goleiro Bruno. No dia 10 de junho ela, levando o filho, saiu com Macarrão, o adolescente e Sérgio e não voltou mais. Apenas os três retornaram à Esmeraldas, com a criança.
Ainda de acordo com Dayanne, todos estavam tranqüilos, exceto o adolescente que estava muito assustado. Ainda não há previsão para o término do depoimento dela. Todos os advogados poderão fazer perguntas para todos os réus.
No domingo, os advogados impetram um habeas corpus preventivo no Tribunal de Justiça de MG, para ter o direito de inquirir todos os réus porque na última sexta feira a magistrada teria dito que os advogados só poderiam fazer perguntas para os próprios clientes. Apesar do indeferimento do TJMG, todos os defensores farão perguntas porque a juíza Marixa Lopes voltou atrás para evitar possível recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) futuramente.

Justiça Federal concede liminar para suspensão do Enem
A Justiça Federal do Ceará aceitou pedido de liminar do Ministério Público Federal do estado nesta segunda-feira (8), que pede a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. A juíza da 7ª Vara Federal, Karla de Almeida Miranda Maia, aceitou a argumentação de ação civil pública do MPF, que afirma que erros no exame causaram prejuízo para os candidatos. A decisão tem efeito em todo o Brasil. Cabe recurso.
Presidente do Inep diz que 'não considera' anulação do Enem Ministério da Educação terá 10 dias para anular prova do Enem, diz DPU MEC prevê que quase 2 mil terão direito a refazer o Enem Gráfica confirma defeito em 21 mil provas amarelas do 1º dia do Enem O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado, estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação (MEC) já admitiu as falhas.
A decisão da Justiça cita erros de impressão no cartão de respostas e nas provas amarelas, além de erros na aplicação da prova, como o caso de um repórter que entrou com um celular na sala de provas.
"A disponibilização de requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo, e a intenção de realizar provas apenas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema. Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Do mesmo modo, novas provas não solucionaram o problema da segurança na aplicação do exame", diz trecho da decisão.
Ainda, de acordo com a decisão, a juíza havia indeferido um pedido de liminar do MPF, que solicitava a não realização do Enem. Com os erros do exame no sábado (6) e no domingo (7), a juíza decidiu aceitar o pedido de suspensão nesta seguda-feira.
"Nada obstante, as falhas havidas na aplicação das provas do Enem nos dias 6 e 7 deste mês de novembro não só confirmam o justo receio, manifestado pelo órgão ministerial, como vão além, tornando, concretizado o justo receio em erros palpáveis e bem delineados, sobejamente justificadores do pedido liminar ora apreciado", afirma a decisão.
A juíza comenta ainda o fato de vários estudantes terem perdido tempo devido aos problemas no exame. "Além disso, há situações em que houve apenas perda de tempo precioso para o aluno. Nessas hipóteses e noutras, qual seria o remédio para essa falha de aplicação das provas? Essa transgressão dos direitos públicos subjetivos dos candidatos requer que se suspenda o processo do Enem a fim de se avaliarem, de modo percuciente, as soluções efetivas", diz outro trecho.
Em nota publicada no site, o Ministério da Educação afirmou que a preocupação da magistrada referente à igualdade de condições dos concorrentes está assegurada pela utilização da Teoria de Resposta ao Item (TRI). De acordo com o texto, a consultoria jurídica do MEC/Inep conclui esclarecimentos para a Justiça Federal do Ceará.
Segundo a nota do MEC, a TRI permite a comparabilidade no tempo. "Em 2009, por exemplo, foram aplicadas duas provas distintas em momentos distintos, em virtude de inundações em duas cidades do Espírito Santo e as provas nos presídios", diz a nota.
Ainda de acordo com o texto do MEC, com a TRI, o conjunto de modelos matemáticos usados no Enem permite que os exames tenham o mesmo grau de dificuldade. Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes — quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova porque o grau de dificuldade é supostamente menor. A aplicação da teoria da resposta ao item é frequente nas avaliações em testes de múltipla escolha aplicados em diversos países, de acordo com o MEC. "No Brasil, a TRI é usada desde 1995 nas provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio. Em 2009, foi usada pelo Enem com o objetivo de garantir a comparação das notas do exame daquele ano com os seguintes", conclui a nota do ministério.

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