O delegado de Policia de Riachão do Jacuipe, Dr. Carlos Baqueiro, ouviu nesta quarta-feira (25), à noite, dois suspeitos de terem participado do crime que vitimou os jovens Fernando Oliveira, de 19 anos, e Lucivânia Lopes, 21, em Pé de Serra.
Segundo as informações, os dois foram detidos neste municipio e trazidos para serem ouvidos na Delegacia de Riachão do Jacuipe, onde se concetram as investigações.
Os jovens – Fernando Oliveira e Lucivânia Lopes - foram encontrados na última segunda-feira (23) com os corpos queimados dentro do porta-malas de um carro Siena, na estrada que liga a sede do municipio Pé de Serra ao povoado de Novo Ouriciuri.
Segundo o delegado Baqueiro os dois homens foram ouvidos após denúncias recebidas de pessoas, que usaram o sistema Disque Denúncia. “A policia recebe a denúncia e ela tem que ser checada, principalmente em um caso como esse, de grande repercussão”, frisou.
Contudo, o delegado revelou que, após as interrogações, não ficou comprovada a participação dos dois homens na tragédia de Pé de Serra. “Um foi ouvido e liberado e o outro continua detido porque tem mandado de prisão decretado, que nós conseguimos investigar”, disse Baqueiro. “Nesse momento, as pessoas aproveitam até para tentar envolver uma pessoa que não gosta, ou um inimigo, que muitas veses não tem nada a ver com o caso”, acrescentou.
Investigações vão continuar
Dr. Carlos Baqueoiro informou ainda que as investigações irão continuar. Ele aproveitou para se queixar do volume de trabalho que tem enfrentado na Delegacia de Riachão, que acumula serviços de Candeal e Pé de Serra. “Eu não tenho tempo nem de atender aos jornalistas. Só faço isso para que vocês não pensem que não quero dar as informações”, pontuou.
O delegado informou ainda que o homem que está detido na Delegacia de Riachão – cujo nome não foi revelado - é suspeito de ter participação em delitos no estado de Mato Grosso. Segundo Dr. Baqueiro, esta semana também houve um roubo de animais na estrada de Serra Preta e alguns envolvidos estariam chegando a Riachão para serem ouvidos.
“Vamos colocar eles de frente para ver se entram em contradição. O rapaz ficou detido porque colhemos informações de sua participação em delitos em vários lugares, inclusive Mato Grosso”, disse, se referindo também ao rapaz que foi ouvido sobre o caso de Pé de Serra.
Sobre o transferencia dos corpos das vítimas de Pé de Serra para exame de DNA em Salvador, o delegado disse que era preciso para se saber a identificação de cada um. Perguntado se a familia não teria como fazer o sepultamento antes dos trinta dias previstos para entrega do resultado do exame, ele disse que isso não deve acontecer.
“É preciso ter a identificação de cada um para poder enterrar. Como poder enterrar agora, se tem que aguardar o resultado dos exames?”, indagou, explicando, Dr. Baqueiro.
Por Evandro Matos
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