O corpo da estudante de 16 anos que morreu em Porto Seguro, foi velado no Crematório Metropolitano de Porto Alegre, nesta segunda-feira (26).
Laura Cardoso, segundo o irmão Gabriel Cardoso, foi vítima de um aneurisma cerebral.
A jovem estava na cidade desde o último dia 14 com um grupo de amigos e suporte de uma agência de viagens. Ela passou mal no domingo, por volta das 02h da madrugada, no Hotel Sueds, Orla Norte da cidade, onde estava hospedada.
Gabriel, que estava em Porto Alegre e recebeu a notícia do falecimento uma hora depois por telefone, conta que a estudante do 3º ano do Ensino Médio estava indo a uma festa, quando se sentiu mal e voltou para o hotel. Chegando lá, um médico foi chamado, e ela encaminhada para um hospital particular, onde foi diagnosticado o aneurisma.
O corpo chegou a Porto Alegre de manhã e foi cremado às 21h. O Instituto Médico Legal de Porto Seguro deve divulgar o laudo com as causas da morte dentro de 20 dias. Laura era estudante do Colégio João Paulo I, em Porto Alegre, e estava viajando por uma agência de turismo com um grupo de amigos.
Uma doença silenciosa
A morte de Laura levantou o debate sobre uma doença quase sempre fatal. O aneurisma cerebral é uma doença grave. Mesmo quando o paciente chega ao hospital e recebe o tratamento médico adequado, ainda assim existe um risco de mortalidade de até 50% dos casos. Mais comum após os 60 anos, a doença atinge pessoas de todas as idades. Em adolescentes, entretanto, os casos são muito mais raros.
A neurologista do Hospital de Clínicas e coordenadora da Rede Nacional de Atendimento ao AVC, Sheila Cristina Ouriques Martins, alerta para a importância do diagnóstico quando a pessoa procura o hospital ainda consciente.
– É imprescindível que o médico reconheça os sinais sugestivos de ruptura (dor de cabeça de início súbito, vômito) e não mande o paciente embora com diagnóstico de enxaqueca. Pode garantir a vida – alerta a médica.
Em média, 2% da população têm aneurisma cerebral, mas a maioria terminará a vida sem jamais experimentar o rompimento da artéria doente. Segundo Maurício Friedrich, chefe de serviço de neurologia do Hospital Mãe de Deus, diferentemente da maioria das doenças circulatórias, o rompimento de um aneurisma cerebral é de difícil prevenção, pois a maioria das pessoas não apresenta sintomas.
– Pessoas com histórico de pelo menos um familiar que teve rompimento do aneurisma devem ser investigadas, pois a doença tem um padrão familiar. Fatores de risco que aumentam a chance de rompimento são pressão alta, fumo e o tamanho do aneurisma sacular – afirma o médico.
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