quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Adolescente mineira de 15 anos é achada morta em Barreiras

image Mãe de Débora lamenta a perda e suspeita de magia negra.

A história de duas adolescentes mineiras, que embarcaram escondidas em uma aventura para conhecer o Brasil, teve um desfecho trágico.

O corpo de uma delas, Débora Shirley da Silva, de 15 anos, foi encontrado boiando no Rio Grande, que banha a cidade de Barreiras, no Oeste da Bahia, na quinta-feira. O enredo que culminou com a morte da jovem ainda é um mistério para a polícia. Familiares de Débora, que vivia em João Monlevade, Região Central do estado, suspeitam que a menina tenha sido vítima de um ritual de magia negra.

Tudo começou em 10 de agosto, quando ela e a amiga, identificada apenas como T., de 17 anos, resolveram fugir. Elas não tinham destino certo. Segundo a mãe da jovem morta, Edna Inácia Silva, de 33, a filha saiu de casa para ir à escola e sumiu. A partir daí, ninguém sabe ao certo o trajeto e a forma como as adolescentes chegaram até Barreiras. A polícia de João Monlevade confirma apenas que estiveram em Ouro Preto. Segundo a delegada Joyce Carlos da Motta, provavelmente as adolescentes viajaram de carona, pois tinham pouco dinheiro. Ela ainda aguarda informações da polícia de Barreiras para apurar o caso.

Oficialmente, a perícia baiana trabalha com a hipótese de afogamento. “O médico que fez a necropsia já adiantou que a morte foi causada por afogamento e que o corpo não tinha sinais de violência”, afirmou o delegado Joaquim Rodrigues.

De acordo com o Rodrigues, T. contou que Débora saiu de casa com amigos para nadar, em 21 de setembro, e não retornou. Porém, o boletim de ocorrência do desaparecimento, feito por um homem que também estaria no rio na ocasião, foi lavrado dois dias depois, quando o corpo foi encontrado. Joaquim Rodrigues diz que o fato vai ser levado em conta nas investigações. Nenhum suspeito foi apontado. T. ainda se encontra em Barreiras.

Macabro

Edna Inácia, que chegou à cidade baiana na noite de 24 de setembro, garante que viu a amiga da filha relatar um ritual macabro. “A T. disse que elas tinham dado as almas para o diabo e que isso teria ocorrido na beira do rio”, relata. A mãe não soube precisar qual a data do suposto ritual, mas acredita que esta seja a causa da morte de Débora. A polícia investiga a hipótese.

A mãe da adolescente atribui a tragédia a má influências. “Eu sempre achei T. uma má companhia. Ela usava roupas pretas, era estranha, incentivava Débora a beber, tinha controle sobre minha filha e eu tentei separar as duas”, alega Edna. A mãe revelou ainda que Débora tinha tendência depressiva e que já havia tentado suicídio.

Um fato foi destacado pela delegada Joyce Mattos. Edna registrou o desaparecimento da filha em 10 de agosto. A mãe da outra adolescente, não. Além disso, Edna acrescentou que T. ligou para casa, revelando onde estava e que pretendia voltar em 2 de outubro. Ela acusa a outra mãe de irresponsabilidade, pois afirma não ter sido avisada. Segundo Mattos, caso isso se confirme, gerará implicações no processo.

Para a mãe que perdeu um dos quatro filhos, a única coisa que resta é ver toda a história desvendada. “Minha família está inconformada. Eu quero justiça, quero que tudo seja esclarecido. Porém, creio que vai ficar por isso mesmo”, lamenta Edna.

As informações são do Estado de Minas

Um comentário:

  1. O QUE SERIA UMA AVENTURA PARA ESTAS DUAS ADOLESCENTES SE TORNOU NUMA TRAGEDIA...A MENINA PQ PERDEU A VIDA E DEIXA NA MÃE UM DAS MAIORES DORES...A PERCA DE UM FILHO...

    ResponderExcluir