terça-feira, 3 de novembro de 2009

Rodovias BA-262 e BA-263 oferecem perigo em mais de 150 quilômetros

Como se não bastassem as fortes chuvas, que frustraram a combinação de sol e praia no litoral sul da Bahia no último feriado, os turistas que enfrentaram a estrada pelas rodovias BA-262 (Brumado-Conquista) e BA-263 (Conquista-Ilhéus) ainda tiveram que se livrar de outros problemas, como a falta de sinalização horizontal e vertical em alguns trechos e buracos nos mais de 150 quilômetros.

Para sentir na pele o que motoristas passam nas viagens em pistas danificadas, a equipe de A TARDE fez o mesmo percurso, encontrando carros quebrados e com pneus furados, comerciantes irritados e raros pontos de recuperação. Mais serviço nas borracharias e oficinas mecânicas, pontos de parada obrigatória das vítimas das armadilhas do asfalto. O borracheiro Esmeraldo Santos Fanzim conta que chega a atender entre cinco e seis clientes por dia, com o mesmo problema: pneus cortados nas pontas de asfalto.

O quadro mais grave em termos de abandono é a descida da Serra do Marçal. As placas de recuperação avisando sobre máquinas na pista estão lá, mas nem sinal de equipamentos no local. A velha placa de sinalização vertical às margens da estrada, por exemplo, adverte para a velocidade máxima de 60 km/h, mas a indicação se mostra inútil, já que vários buracos impedem qualquer veículo de trafegar a mais de 40 km/h no trecho. A rodovia BA-262, entre Brumado e Vitória da Conquista (509 km de Salvador), embora passe por intervenções estruturais no asfalto, é motivo de dor-de-cabeça para motoristas.

Conforme constatado pela equipe de A TARDE, boa parte do trecho que recebeu uma camada de asfalto nos últimos meses já foi danificada pelas chuvas ou não suportou o impacto das rodas dos veículos. A obra, que consumiu recursos do Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias da Bahia (Premar), firmado em 2007 numa parceria entre o governo estadual e o (Bird), terá que ser refeita para corrigir estas imperfeições.

Moradores e comerciantes tapam buracos com terra retirada das margens da estrada, como observado nas proximidades de Aracatu, entre Anagé e Brumado. Tudo para tentar recuperar o movimento de clientes ao longo da estrada. “Em 42 anos de atividade, está sendo o pior de todos pra mim”, lamenta o comerciante Gildásio Silveira, dono de bar e.

Para o conjunto total de obras, nessa primeira etapa, foram anunciados recursos de R$ 422,22 milhões para 1,2 mil quilômetros de estradas na Bahia. Na segunda etapa, mais 911,3 quilômetros.

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