quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vice-prefeita de Pedrão diz que rompeu com o prefeito por três motivos







A vice-prefeita do município de Pedrão, Neide Sales dos Santos (PT), renunciou em 20 de outubro a função de diretora do departamento municipal de agropecuária e rompeu oficialmente com o prefeito Alfeu Barros de Araújo (PMDB). Em carta envida ao CN, ele justificou a decisão.

INDIFERENÇA AO SETOR RURAL - O Município de Pedrão possui 78,86% da sua população na zona rural (IBGE 2007) e as reivindicações de políticas públicas legitimadas para o setor de agropecuária em gestões anteriores eram tratadas com completo descaso e irresponsabilidade. Ao ser nomeada para a Direção do Departamento Municipal de Agropecuária, ele afirma que tentou nos nove meses, solucionar alguns desses problemas, apresentando projeto de lei como sugestão para criação da Secretaria de Agropecuária, sem resposta do prefeito.

Foi realizado pela primeira vez uma Conferência do Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e o perfeito não compareceu. “mediamos através de reuniões à necessidade de convênios de Cooperação Técnica com a EBDA e ADAB e até hoje não tem a resposta pelo prefeito”, lamenta Neide.

Ela disse que buscou junto à CONAB técnicos para trabalhar uma Oficina do Programa de Aquisição de Alimento com as Associações e conseguiu junto ao governador Jaques Wagner, através do CDA e do Território 18, a entrega de quase 100 Títulos de Terra para vários homens e mulheres do campo fortalecendo o agronegócio local e proporcionando ao lavrador agilizarem sua aposentadoria, e “isto não dependeu do prefeito”, afirma.

Na carta ela afirma que auxiliou a EBDA na aquisição e distribuição de sementes de milho, na montagem de duas oficinas experimentais para demonstração técnica do cultivo e manejo de mandioca, entre outras atividades.

Através de parcerias principalmente da Secretaria de Agricultura do Estado (SEAGRI) e EBDA, foi organizada uma feira-livre da Agricultura Familiar estimulando a produção e venda de produtos agrícolas.

Conta que auxiliou a ADAB nas palestras educativas sobre o abate clandestino de carne (Portaria 304), “mas definitivamente precisamos entender que não adianta receber ajuda em dinheiro hoje e não ter amanhã, de ter comida na mesa por quatro anos e não ter certeza dos outros anos, de fazer festas para datas comemorativas e não poder fazer para celebrar a alegria da produtividade no dia a dia. Tudo isso só é possível se tivermos leis que garantam políticas públicas para a efetivação do desenvolvimento rural na nossa região, senão, estaremos cometendo os mesmos erros do passado”, desabafa. “Acreditei que com as propostas criadas na I Conferência do Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, momento de grande expressividade democrática, fizesse parte do Plano Plurianual - PPA proporcionando assim definitivamente essas políticas públicas para o setor rural. Mas formos totalmente ignorados pelos prefeitos”, Lamenta mais uma vez a prefeita.

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