segunda-feira, 31 de maio de 2010

Lavagem de Queimadas foi por "agua abaixo"

Prevaleceu o que muitos já esperavam, a parte que competia à prefeitura não foi realizada quando diz respeito às atrações.

A população foi prejudicada graças à queda da liminar que garantia o mandato do prefeito Edivaldo Cayres na administração, ele que teve o diploma cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), acusado de compra de votos. O clima de tensão se espalhou pela cidade e por municípios circunvizinhos de que a festa não aconteceria.

Antes mesmo da queda da liminar o vice-prefeito Francisco César foi a uma emissora de radio local, para desmentir boatos de que a festa não iria acontecer. César na ocasião garantiu que já havia adiantado 50% das contratações. Mas nos dias que antecedia a maior festa popular da cidade, o comentário era de que prefeito e vice estariam em Brasília tentando uma nova liminar, desta vez junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e lá tiveram a solicitação negada, e os comentários que circulavam durante a festa era a posse do segundo colocado Sergio Brandão ainda esta semana. Serginho, na quarta-feira passada chegou a vestir o paletó para tomar posse, um dia depois da queda da liminar de Cayres, mas não foi empossado, pois o juiz preferiu esperar a publicação no Diário Oficial.

Representantes do grupo de Serginho disseram que, caso ele tivesse tomado posse na quarta-feira (três dias antes da festa) ele assumiria 50% da realização do evento, valor correspondente ao que teria ficado para a data posterior, pois "como o vice havia divulgado que metade já havia sido pago, então o nosso compromisso seria a outra metade, como isso não ocorreu, este compromisso ficaria por conta do atual prefeito, que havia recebido os subsídios referentes ao dia 30 e poderia muito bem pagar essas despesas", revelou Tarcísio Pedreira, que concorreu à vice na chapa de Serginho.

A festa ficou mesmo por conta dos tradicionais blocos Taz e Será que é Hoje?, que puxaram a multidão, também reduzida em relação aos anos anteriores. O bloco Taz levou a banda Chicana enquanto o Será? teve o agito do Black Style. A festa que completou 40 anos frustrou muita gente, principalmente as centenas de ambulantes e barraqueiros que montaram seus comércios na área de concentração da festa.

Naldo Marques um dos coordenadores do Será? lamentou o fracasso da festa, admitiu que houve grande redução no número de participantes, mas que os prejuízos foram maiores para os comerciantes que não tiveram muito tempo para venderem seus produtos. "Os blocos fazem o percurso da Praça da Matriz até o alto da Igreja de Santo Antônio, 1,5 km, a banda toca algumas músicas e encerram, a partir daquele momento entra em cena as atrações do palco que são de responsabilidade da prefeitura, só que este ano não apareceu nenhuma", lamentou.

Para Jorge Luiz Suzart, presidente do bloco Taz, a festa teve queda de 80%. Segundo ele faltou brilho devido à ausência de foliões de outras cidades.

Jorge Luiz solicitou da banda Chicana que tocasse mais meia hora para tentar minimizar os prejuízos dos barraqueiros, indignado revelou que os representantes do prefeito disseram que para o bloco Taz não dava um litro de óleo, mesmo assim eles procuraram minimizar as críticas e os prejuízos daqueles que investiram e ficaram no prejuízo. Disse que faltou planejamento por parte dos gestores e lembrou-se de 2008 quando segundo ele, foi um dos mais organizados, na ocasião, Sergio Brandão havia assumido o município com a queda de Maurinho e em tempo recorde a nova equipe de governo se mobilizou e realizou um grande evento. "Eu acredito que o prefeito não fez porque não pensou no povo de Queimadas", finalizou Suzart.

A barraqueira Renilda, moradora do povoado de Gregório, acompanha a festa há 23 anos, segundo ela 40 anos poderia ser uma data comemorativa e não foi. "Todos nós sofremos prejuízos, mas não podemos fazer nada a não ser lamentar". Para a vendedora ambulante a culpa é de todos, "todos deveriam se unir e pensar no povo de Queimadas, porque se tivesse havido união entre os dois grupos acho que nada disso acontecria e fariam um beneficio em prol do povo".

A dona de casa Maria Oliveira que acompanha a festa desde que começou, lamentou a falta de atenção dos governantes. Segundo ela o prefeito Edivaldo poderia ter mandado fazer, pois "ele quem é o prefeito, agora está ai o pessoal (barraqueiro) sofrendo, só brinca quem vai pra o bloco, fiquei triste quando a festa completa 40 anos ter sido desse jeito".

Nenhum comentário:

Postar um comentário